sexta-feira, 13 de julho de 2012

Alimentação Infantil



A alimentação de nossos filhos é uma grande preocupação, ficamos na dúvida do que eles podem comer, qual quantidade, a partir de qual idade, entre muitas outras dúvidas.
Pesquisei algumas dúvidas mais comuns e gostaria de compartilhar com vocês:

-Será que jantar tarde prejudica a noite de sono do bebê?
Segundo o doutor Ary Lopes Cardoso, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, em São Paulo,
isso pode acontecer sim, principalmente se a refeição for rica em gordura, que leva mais tempo para ser digerida, e a criança for para a cama logo depois de comer. Durante o sono, o organismo funciona mais lentamente e isso inclui a digestão. O estômago, então, fica mais pesado e chega a incomodar. "Já uma refeição com baixo teor de gordura leva pelo menos duas horas para ser digerida.
O ideal é  dar um jantar com baixo teor de gordura pelo menos 2 horas antes da criança dormir.

-Sempre que possível é aconselhável dar a fruta com a casca, porque ela é uma ótima fonte de fibras", garante Fábio Ancona Lopes, especialista em alimentação infantil da Unifesp.
Mas ele alerta sobre a importância de lavar bem as frutas com uma escovinha.

-Alimentos cru e duros ajudam a desenvolver a musculatura infantil, pois eles estimulam a mastigação, fortalecendo os músculos da boca e facilitando a fala.
Renata Cocco, pediatra da Unifesp, orienta que ao introduzir a sopa na dieta do bebê, em vez de bater os ingredientes no liquidificador, experimente passá-los na peneira. Depois que seu filho estiver mais crescido, amasse os alimentos com um garfo para que possam ser mastigados. E, assim que alguns dentes tiverem nascido, ofereça alimentos crus, como a cenoura e a maçã, em pequenos pedaços — esta última dica, aliás, vale para a alimentação do resto da infância e da adolescência.

-O leite da vaca possui mais cálcio que o de soja, porém, se a criança tiver intolerância à lactose é indicado o consumo de leite de soja. Se suspeitar que seu filho tem essa intolerância o ideal é consultar o pediatra,só ele pode recomendar o tipo de leite mais adequado para a alimentação do seu filho.

-Outra preocupação da maioria das mães é que com os alimentos que possuem corantes na composição, será que eles causam alergias???
A resposta é não para a grande maioria dos baixinhos. Além dos corantes, os espessantes e os conservantes, encontrados nos produtos industrializados, também são mal-afamados. "Mas testes comprovam que apenas 5% dessas substâncias estão relacionadas a crises alérgicas", revela a pediatra Renata Cocco. "Já os alérgicos ao ácido acetilsalicílico, componente da aspirina, precisam tomar cuidado, porque tendem a apresentar reações a aditivos alimentares."

-Segundo o nutrólogo Mauro Fisberg, de São Paulo, o leite fermentado ajuda a combater a diarreia, porque  os lactobacilos presentes no leite fermentado competem com as bactérias nocivas no organismo, modificando e colonizando a flora intestinal com germes benéficos. Assim, a inclusão desse tipo de bebida na alimentação infantil pode abreviar a duração da diarréia. Se o problema persistir, procure o pediatra.

-Quantas vezes por semana podemos incluir doces na dieta das crianças?

 "Se a criança estiver acima do peso, ofereça duas porções de desses itens por semana", recomenda a nutricionista Priscila Maximino, da Nutrociência, em São Paulo. Mas, se ela não vive em pé de guerra com a balança, três porções semanais estão de bom tamanho. "Esses alimentos devem ser oferecidos com muito mais parcimônia em caso de colesterol ou triglicérides altos ou mesmo hipertensão", completa.

- Adoçantes e produtos diet podem ser usados pelas crianças, não há nenhum componente nesses produtos que seja comprovadamente nocivo à saúde", afirma a pediatra Renata Cocco. Nenhum estudo concluiu, por exemplo, que aspartame faça mal ao organismo dos pequenos. "Mas, por serem artificiais, recomendamos que esses alimentos sejam consumidos só quando realmente há necessidade", explica a pediatra.

-Bolinhos na lancheira das crianças são bem vindo, mas Se for sem recheio nem cobertura. "Eles são ótimas fontes de carboidratos", afirma a nutricionista Priscila Maximino, da Nutrociência, em São Paulo. Mas, se pertencer à categoria dos recheados, a coisa muda de figura. Para obter a consistência cremosa, os recheios são produzidos com gordura hidrogenada, verdadeiro veneno. Em altas quantidades, leva à obesidade e ao aumento do colesterol (sim, criança também pode acumular essa substância nas artérias). Para variar, experimente substituir os bolos por bolachas salgadas ou um sanduíche.

-Os macarrões instantâneos são liberados para as crianças?
"A massa em si não faz mal nenhum, pois é uma excelente fonte de carboidratos", afirma a pediatra Roseli Sarni, da Unifesp. O problema está no condimento que dá sabor e faz com que o prato seja um dos preferidos da garotada. "Além de ser um tempero artificial, ele contém grande quantidade de sódio, que leva ao aumento da pressão e à retenção de água." Em outras palavras, poder pode, mas só de vez em quando.

-Crianças de qualquer idade podem comer frutos do mar?
"De jeito nenhum. Por uma questão de segurança, espere que complete 2 anos", orienta Priscila Maximino. Os principais riscos são a intoxicação alimentar e as alergias. É bem verdade que cozinhar ou assar esse tipo de alimento diminui o perigo, mas, como seguro morreu de velho, é melhor esperar um pouco para incluir os itens na alimentação infantil.

-Café faz mal para os baixinhos?
A bebida não é das mais indicadas, porque a cafeína pode deixar a criança agitada. "Porém, uma xícara pequena de café puro por dia não faz mal a ninguém", afirma o pediatra Ary Lopes, para alívio das mães que não abrem mão do pretinho misturado com o leite. Se você já ouviu dizer que ele prejudica a absorção de cálcio, saiba que não há razão para se preocupar. "A quantidade de cafeína presente em um copo de café com leite é tão pequena que não interfere na retenção do mineral pelo organismo", esclarece o nutrólogo e pediatra Mauro Fisberg, da Universidade São Marcos, em São Paulo.

-Se seu filho gosta de pratos com peixe cru, acima de 2 anos, tudo bem. "Para não arriscar, só vá a restaurantes impecáveis no que se refere à higiene", recomenda Ary Lopes. Caso a preferência recaia sobre o salmão — que andou na berlinda como agente da difilobotríase (doença que provoca dor abdominal, náuseas e vômitos) —, cheque se foi previamente congelado a 21 graus e se o estabelecimento tem o certificado sanitário, que garante a procedência e a qualidade do pescado.

-Gemada é capaz de dar pique?
Ela foi a queridinha das mães zelosas até alguns anos atrás. Não é mais, até porque nem mesmo os especialistas a recomendam. "O ovo cru pode estar contaminado com salmonela", adverte a nutricionista infantil Suzy Graff, de São Paulo. "A bactéria pode provocar diarréia, vômito ou até levar à morte." Infelizmente, ovos de diversas marcas podem estar contaminados por causa de higiene e refrigeração deficientes. Como é quase impossível saber quais têm condições de consumo, o mais seguro é fritá-los ou, melhor ainda, cozinhá-los.

-Suco de beterraba acaba com anemia?
Não. Uma xícara de beterraba ralada possui, pasme, apenas 0,8 miligrama de ferro. "A criança anêmica tem que consumir todo santo dia 5 miligramas do mineral para cada quilo de peso, durante três meses", explica o pediatra Ary Lopes Cardoso. Já um bife pequeno de fígado tem, em média, 8,5 miligramas desse nutriente.

-A carne vermelha é essencial para a criança crescer saudável?
"Sim, ela é uma importante fonte de proteínas, gordura, ferro e zinco", confirma a médica Roseli Sarni. Contra anemia, ela é imbatível. Está lotada do chamado ferro-heme, ou ferro orgânico, que é muito mais bem aproveitado pelo corpo do que o mineral presente nos vegetais. Segundo a especialista, a anemia afeta mais de 40% das crianças em idade pré-escolar no Brasil. Por isso a carne vermelha deve ser consumida ao menos três vezes por semana, de preferência acompanhado de uma fonte de vitamina C, como a laranja, para aumentar a absorção do ferro. O frango e o peixe são bons substitutos, mas, fique sabendo, não contêm a mesma concentração do tal ferro-heme.

-O que a mãe deve observar no rótulo - o índice de gordura ou o de sódio?
Os dois. Não há uma dosagem máxima recomendada por produto — e, se houvesse, ela seria diferente conforme a idade. Mesmo assim é bom ficar de olho nesses ingredientes. A gordura, lembre-se sempre, não pode fornecer mais do que 30% das calorias diárias consumidas pela criança. Não precisa ficar fazendo conta a toda hora: basta usar o bom senso e, se oferecer algo com teor de gordura nas alturas ao seu filho, cuidar para que o restante do cardápio daquele dia seja mais leve. Para o sódio, vale o mesmo raciocínio, lembrando que até 12% da meninada entre 6 e 18 anos é hipertensa e aí o excesso de sal, já sabe… Vale conversar com o pediatra sobre o assunto, afastar essa hipótese e pedir uma orientação sobre o consumo diário de sal adequado para o seu filho.

-Vale a pena incluir aqueles pós multivitaminados na alimentação dos meus filhos?
"Esses pós devem ser ingeridos como complementos da alimentação só se a criança apresentar déficit de nutrientes ou estiver abaixo do peso.", diz Mauro Fisberg. Eles são indicados principalmente quando é necessário aumentar o aporte de calorias, vitaminas ou sais minerais no organismo. O ideal é que esse tipo de suplemento seja utilizado sob a orientação de um nutricionista, já que é muito calórico.

-As informações estampadas nas embalagens se referem às necessidades nutricionais de crianças ou de adultos?

"Em geral elas se referem às necessidades dos adultos, exceto quando os produtos são dirigidos ao público infantil", esclarece Fábio Ancona Lopes. "O importante é saber que cada idade requer tipos e quantidades específicos de nutrientes", completa. E as recomendações mais indicadas para cada faixa só o especialista pode fazer. Moral da história: vale olhar o rótulo? Até vale, mas apenas para ter uma leve referência quando o consumidor é uma criança.

Aproveitem as dicas!!

Um abraço!

Bianca Gabriela.

Fonte de pesquisa: 
Bebê.com
Wikipédia
Medicina Infantil

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