sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Porque somos tão críticos?


Ao entrar no coletivo começo a reparar nas pessoas que ali estão, e sem me dá conta já estou criticando, reparo na senhora com um batom forte, colar estravagante e roupa colorida. Nossa!
Penso, será que ela não tem censo?
Continuo reparando nos passageiros, tem aqueles que fingem dormir para não dar o lugar, aqueles que não pedem licença, aqueles que ouvem música alta etc...
Hoje uma pergunta me veio a cabeça:
Porque criticamos tudo que foge do comum, daquilo que é dito pela moda?!
Cada vez mais nos anulamos buscando sermos iguais, imitar aquilo que a mídia dita como belo, feliz, ideal.
Quem disse que preciso parecer com a Angelina Jolie para ser bonita?
Não!
Cada ser é único, cada um sabe aquilo que é melhor para si mesmo.
O que me preocupa é que essa visão crítica do mundo é algo que está no nosso subconsciente, mesmo que não queiramos ser assim, ou não pensamos assim, ao ver alguém que haje diferente o pensamento crítico vem automático.
Todo ser humano crítico, uns mais, outros menos, mas todos somos críticos.
Acho que em dose moderada a crítica é boa e construtiva, mas exageradamente é destruidora.
Leio reportagens críticas todos os dias, ontem li que a cantora Paula Fernandes declarou ser espírita, e foi condenada pelos evangélicos, hoje li uma reportagem  com o título "vergonha alheia no Oscar" onde criticavam atitudes de artistas na entrega do Oscar, as críticas iam desde as roupas dos artistas à suas atitudes de alegria, ou seja, até para expressar um sentimento nós esperamos que aconteça de forma igual para todos, como se fôssemos robôs programados.
Se sinto vontade de chorar, não posso, pois não ficaria bem.
Se estou muito feliz, não posso dar gargalhadas, não fica bem.
Se tenho vontade de usar minha calça verde limão com minha bolsa laranja florescente, não posso, não fica bem.
Entende como estamos nos rotulando, cada dia mais?!
Veja nas empresas, todos vestidos iguais, o objetivo é justamente esse, que você seja atendido por um funcionário da empresa, não pelo João, por isso todos se vestem iguais, é justificável, torna o relacionamento " funcionário X cliente" mais profissional; mas, depois que você sai do trabalho, você pode ser o João, pode fazer o que você gosta de fazer, vestir-se como gosta, é assim que deveria ser.
Não fazemos isso, nos vestimos e agimos como todo mundo. Não queremos ser diferente, não queremos ser notados, queremos continuar como na empresa, sendo apenas mais um.
Um dia  estava assistindo a novela das 20:00hs da rede Globo ( Salve Jorge), e criticando a novela, e me perguntei porque eu estava assistindo um programa que não gosto,  não consegui entender, porém, agora eu sei, estava assistindo porque todo mundo assiste, todo mundo comenta, eu não posso ser diferente.
Agora sei que aquela senhora sentada no coletivo, com maquiagem, roupa e acessórios estragantes, é que está certa, ela está vestindo da forma que gosta, eu que estou errada em criticar, acho que a critico porque gostaria de ter a coragem que ela tem.
Será que realmente queremos ser somente mais um?
Pensem nisso!

Um abraço!

Bianca Gabriela.

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